A morte é um dos temas mais universais e, ao mesmo tempo, um dos mais temidos pelo ser humano. Desde tempos imemoriais, os homens buscam compreender o significado da morte e o que acontece depois dela. Para o cristianismo reformado, a morte não é o fim, mas uma transição que está inteiramente sob o controle soberano de Deus. Neste artigo, vamos explorar como um cristão reformado deve encarar a morte, baseando-nos nas Escrituras e no ensino de teólogos reformados.
A Morte e a Queda
Para compreender a perspectiva reformada sobre a morte, é essencial voltar às Escrituras. A morte entrou no mundo como resultado do pecado. Gênesis 2:17 nos diz que Deus advertiu Adão de que a desobediência traria a morte. Em Romanos 5:12, Paulo reforça essa ideia ao afirmar que “o pecado entrou no mundo por um homem, e pelo pecado a morte”. Assim, a morte é uma consequência direta da Queda.
Todavia, o crente reformado não vê a morte como um evento fora do controle de Deus. A soberania divina se estende sobre todas as coisas, inclusive sobre a morte. Como afirma o Salmo 139:16: “Os teus olhos viram o meu corpo ainda informe, e no teu livro foram escritos todos os meus dias, cada um deles escrito e determinado, quando nenhum deles ainda existia”.
A Morte do Justo e a Esperança Cristã
Diferentemente da visão secular que encara a morte como um aniquilamento ou um destino desconhecido, a perspectiva reformada está enraizada na esperança do evangelho. Filipenses 1:21 expressa essa esperança quando Paulo declara: “Porque para mim o viver é Cristo, e o morrer é lucro”. Para o crente, a morte é uma passagem para a presença de Deus.